quinta-feira, junho 08, 2017

Uma reflexão para os nossos pavilhões

Hoje escrevemos com o intuito de sermos movimento de uma mudança necessária entre todos os que se relacionam com o desporto. Esta sensibilização é baseada em factos reais, onde a identidade dos intervenientes preservada, bem como do seu local (pois trata-se de um momento conceituado e de um clube que muito respeitamos).
 
O TS é um menino de 6 anos (acabadinhos de fazer). Ainda estava na barriga da mãe e já sentia o cheiro do pavilhão, de tantos treinos e torneios de minibasquete em que irmão mais velho participava. Por isso, o TS cresceu com uma bola de basquete sempre por perto. O facto de ser sempre o mais pequeno e o mais novo nunca o deixou intimidar, tamanha é a sua paixão pelo basquetebol.
O que o TS mais queria era fazer 6 anos para finalmente poder participar nos torneios, como o irmão mais velho. O TS é uma criança como tantas outras, cujos olhos brilham cada vez que vê uma bola de basquete e corre desalmadamente sempre que vê uma tabela de basquete. No Olivais FC todos os conhecem e não é pelo seu tamanho, mas sim pela sua forma divertida como se apresenta sempre que mete os pés no pavilhão.

O TS apesar dos seus 6 anos, conseguiu já ter uma barrigada de Torneios, é assim que no Olivais FC procuramos promover o desporto e os sonhos dos nossos atletas: participar em todos os eventos que podemos, de norte a sul do país. Assim, em mais um domingo de sol de primavera, o TS, o irmão e os Pais rumaram até mais um Torneio, iam ambos participar.

O Torneio estava muito bem organizado, houve muitos jogos, atividades, muita animação e o TS estava rendido, como sempre. Estava no último jogo de todos e o TS disputou uma bola, como tantas outras. Ele gosta de marcar cesto, que a sua equipa marque cesto, então ganhar a bola para a Equipa dele é sempre essencial. O TS, como qualquer criança de 6 anos, quis agarrar a bola. O TS, como qualquer criança de 6 anos, atrapalhou-se com a bola, com os pés, com as mãos e com o adversário que tinha igualmente vontade de agarrar a bola. O TS teve um momento normal de jogo de minibasquete e algo natural entre crianças de 6, 7, 8...anos. 
Nisto, o TS levanta-se porque a bola tinha ido fora, preparava-se para por a bola em jogo e heis que sai um senhor grande na sua direção e... o TS congelou. O senhor saltou da zona do público com uma rapidez imensa, atravessou o campo e dirigiu-se ao TS com uma agressividade súbita e inexplicável e, perante a estupefação de todos! Provavelmente, o TS não ouviu as palavras desse senhor, mas os gestos, o tom de voz, o alto que ele falava ao mesmo tempo que gesticulava, fizeram os olhos do TS arregalar e desatar num pranto. O TS é uma criança de 6 anos, feliz, divertida, amiga e estar dentro das quatro linhas do campo é tudo para ele. Mas nesse momento, o campo era o último lugar onde ele queria estar.
O "senhor mau" (como lhe chamou mais tarde) entrou de rompante pelo jogo dentro. Não era treinador de nenhuma das equipas. O "senhor mau" falou com uma criança de 6 anos de uma forma tão agressiva, como nem com um adulto se fala. Não era árbitro, nem oficial de mesa do jogo. O "senhor mau" gesticulou e gritou com uma criança de 6 anos dizendo-lhe que "quem não respeita o jogo não devia jogar e deve-se ter o mesmo respeito que os teus adversários te mostram a ti e isto que tu fazes é uma falta de desportivismo". Não era da organização, nem da associação distrital do torneio. O "senhor mau", naquele instante desancou uma criança de 6 anos em pleno jogo de minibasquete!
A Treinadora do TS entrou em sua defesa, puxou o TS, falou com ele, explicou-lhe que ele não tinha feito nada de mal. Mas o mal estava feito. O TS desatou a chorar, em pânico, cheio de medo daquele senhor e obviamente sem perceber minimamente do que se estava a passar e qual a razão daquele senhor estar a berrar a centímetros dele.
O TS fez recentemente 6 anos. Ainda anda no infantário… o que é que faz com que alguém salte para dentro de um campo e comece a ameaçar uma criança da mesma idade do seu filho, perante o olhar de outros 20 miúdos??
O irmão mais velho do TS, também adora basquete e quando assistiu a esta triste cena, perguntou: “mas pode entrar-se dentro de campo e ameaçar os jogadores?”. Pois… ele já fez dezenas de torneios e nunca viu nada assim.
O TS como os colegas e tantas outras crianças da idade e mais velhas, adora basquete, é uma criança divertida e amiga. Pode ainda ser um pouco descoordenado, mas não tem maldade nem a jogar, nem a brincar. Mesmo que tivesse, não é assim que se ensinam crianças.
No fim do dia, o TS não adormeceu na viagem para casa, apesar de ter acordado às 6h45 da manhã para ir ao torneio. Na hora de ir para a cama disse que estava com medo de ir a torneios com medo que o "homem mau" estivesse lá para ralhar com ele. E também perguntou aos pais porque não o foram lá para o defender… Responderam-lhe que quem fez algo de errado foi o senhor e não ele e também que não tinham ido lá, porque as coisas não se resolvem a discutir. 
Os pais do TS, as Treinadoras, os colegas, amigos, e o Olivais FC vão, claro, ajudar o TS a ultrapassar este susto. Porque o Minibasquete é um lugar de crescimento feliz pelo desporto, onde se encontram muitas pessoas boas, de valor e de crédito. No entanto, que esta situação vos alerte para a mudança que precisamos de fazer nos nossos pavilhões.
No basquetebol podemos educar as crianças. Podemos conduzi-las pelos caminhos e valores corretos. Mas nunca como nesta situação. E mesmo quando uma criança tem uma atitude menos desportiva, menos "fair-play" e onde é nossa obrigação educá-la, nunca é esta a forma que o devemos conduzir.
Mais, notem que a palavra "fair-play" não existe apenas para ser bonita ou só para os outros. Ela existe para a relação entre atletas, treinadores, diretores, pais, arbitrários, oficias de mesa e meros espectadores.

Lembrem-se que, os atletas e todos os interveniente em campo são filhos, irmãos, afilhados, sobrinhos... de alguém. Mais, lembrem-se que, todos os que estão dentro das quatro linhas sonham, vivem e respiram o minibaquete. Lembrem-se que, todos eles têm o dever e o direito de se divertir e de manter viva a chama de um desporto, que pode ser tão bom e tão importante na vida deles. Lembrem-se que, mais que formar atletas, estamos a formar o nosso futuro e as acções de todos contam.

O TS vai continuar a ser uma criança de 6 anos feliz e amar o basquetebol, porque tem pais, irmão, treinadores que percebem que o desporto faz sentido, é bom e tem muitas alegrias para lhe dar. O TS como tantas outras crianças quer ser o melhor, e nós temos o dever de lhe permitir isso.
Viva o Minibasquete!

terça-feira, junho 06, 2017

Minis 10 do OFC na Festa Distrital Minibasquete

Competição: Festa Distrital Minibasquete
Data: 3/Junho/2017
Local: Pav. Municipal de Cantanhede
Organização: Secção de Basquetebol da Associação Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense
Equipas Participantes: Academia Basquete, B. C. Condeixa, C.A.D., Tábua Basquete, Associação Académica de Coimbra C. I. Montemor, Ginásio Figueirense, Lousanense, Olivais Coimbra, Sampaense Basket, Escola Secundária Bernardino Machado, ASSSCColumbófila.

Última Etapa do Circuito Ticha Penicheiro foi em Esgueira

Competição: Circuito Ticha Penicheiro - Etapa Aveiro
Data: 3 e 4/Junho/2017
Local: Pav. CPEsgueira
Organização: CPEsgueira



 

[Fotografias de Patrícia Correia]

Minis 12 e Minis 8 no XVI Torneio Dr. Vieira de Carvalho

Competição: XVI Torneio Dr. Vieira de Carvalho
Data: 3 e 4/Junho/2017
Local: Pav. Municipal Nogueira da Maia
Organização: Maia Basket Clube
Equipas Participantes: 
 Minis 8
Maia BC, Académico FC, BC Gaia, Guifões SC, AD Sanjoanense, BC Barcelos, BC Vila Real, Carnide Clube, Olivais Coimbra
 Minis12
Maia BC, BC Gaia, CD Póvoa, FC Gaia, GDB Leça, Guifões SC, Juvemaia ACDC,. NCR Valongo, AD Sanjoanense, Carnide Clube, NDA Pombal, Olivais Coimbra, CB Estudiantes Pontevedra


Minis 12 Masculinos

Minis 8